Fundo Particular Gomes da Costa
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AHM/FP/59
Tipo de título
Atribuído
Título
Fundo Particular Gomes da Costa
Datas descritivas
1883 - 1928
Dimensão e suporte
4 Cx. (n.ºs 916 - 919) e 1 pasta (n.º 920) num total de 113 documentos, incluindo 52 desenhos a aguarela, tinta da china, lápis cor e carvão, 14 manuscritos, 28 mapas e plantas e 17 positivos fotográficos a p/b.
Entidade detentora
Arquivo Histórico Militar
História administrativa/biográfica/familiar
Gomes da Costa nasceu em Lisboa em 14 de janeiro de 1863 e faleceu em 17 de dezembro de 1929. Frequentou o Colégio Militar e assentou praça em 1880. Prestou serviço no Batalhão de Caçadores 2, em vários regimentos de infantaria e na Guarda Fiscal. Foi depois para a Índia, participando em diversas comissões de serviço, nomeadamente a de administrador do concelho de Goa, onde restaurou a galeria de retratos dos vice-reis e governadores dessa colónia. Em 1895 partiu para Moçambique, participando nas campanhas contra os Namarrais e nos combates de Mujinga , Macontene , Naguena, Gaza, entre outros. Foi ainda chefe de gabinete do governador geral de Moçambique, Freire de Andrade. Em 1912 foi nomeado chefe do Estado-Maior das forças militares de Angola. Em 1813 partiu para S. Tomé e Príncipe como chefe do Estado-Maior. Como coronel comandou os Regimentos de Infantaria 1 e 16, assumindo depois o comando da 1.ª Divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP), em França. Em 1921 foi nomeado comandante da 4.ª Divisão Militar, em Évora, e vogal do Conselho Superior de Promoções. Em 1922 partiu para Macau para inspecionar as forças militares do Oriente, onde ficou até 1923, e depois na Índia até 1924. Durante a revolução de 1926, assumiu o comando das forças militares do norte, estabelecendo o quartel-general das forças revolucionárias no Regimento de Infantaria 8. Com o golpe de Estado que depôs o comandante Mendes Cabeçadas, Gomes da Costa assumiu a chefia do governo e as pastas da Guerra e do Interior. Foi destituído por um outro golpe de estado, recolhendo-se na cidadela de Cascais. Posteriormente, foi-lhe decretada ordem de prisão e de embarque no navio “Carvalho de Araújo” para Angra do Heroísmo. Regressou a Lisboa em novembro de 1927. Em 1928 representou o governo português em Roma, no funeral do general Diaz.
Âmbito e conteúdo
Fundo constituído por desenhos relativos aos Açores, Cabo Verde, São Tomé, Índia (Goa e Diu), Macau e China, estudos sobre os vice-reis da Índia e esboços de paisagens, motivos africanos, elementos decorativos, pelourinhos, arcos, igrejas, pontes, castelos, pórticos, claustros, moinhos, navios, brasões, figuras humanas e animais; contém ainda manuscritos de Gomes da Costa nomeadamente o diário de viagem de Luanda a Licage, relato da viagem do Chinde a Tete e a campanha contra o Quanhama e o livro do soldado d'África; mapas relativos a África (Moçambique e Angola), reinos de Guzarate e Bengala, Ásia (Goa e Diu); fotografias de grupo e paisagens em Índia, Macau e Shangai, coluna de operações em Moçambique, chegada a Brest durante a 1.ª Guerra Mundial.
Sistema de organização
Fundo composto por 4 séries tipológicas, ordenadas cronologicamente:1 - Desenhos;2 - Manuscritos;3 - Mapas;4 - Fotografias.
Condições de acesso
Os desenhos são “reservados” pelo que a consulta só é feita através de cópia digital.
Características físicas e requisitos técnicos
O suporte dos desenhos é bastante frágil. Alguns documentos encontram-se em mau estado de conservação e rasurados.
Existência e localização de originais
Alguns mapas são fac-símile de originais da Enciclopédia Britânica e do Atlas de Diogo Homem existente no Museu Britânico
Unidades de descrição relacionadas
Ver processo individual (PT/AHM/DIV/3/7/0712) e 11 fotografias na coleção de retratos pessoais, pasta 3C.
Notas de publicação
Referência bibliográficaLavradio, marquês - “Marechal Manuel de Oliveira Gomes da Costa”. Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1942.