Francisco de Paula Leite de Sousa, visconde de Veiros

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Francisco de Paula Leite de Sousa, visconde de Veiros

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AHM/FE/060/002/0001/016

Tipo de título

Atribuído

Título

Francisco de Paula Leite de Sousa, visconde de Veiros

Datas descritivas

[Séc. XIX]

Dimensão e suporte

2 gravuras, p/b (505 x 390 mm) - (560 x 433 mm), papel.

Extensões

1 Pasta

História administrativa/biográfica/familiar

Francisco de Paula Leite de Sousa, 1.º visconde de Veiros. Nasceu em Santarém, a 7 de março de 1747 e faleceu em Lisboa, Santa Engrácia, a 6 de julho de 1833.Foi um militar, chefe de esquadra da Real Armada, oficial general das Forças Armadas portuguesas e nobre do Reino de Portugal.Era filho de José Leite de Sousa (1686-1766), conselheiro do rei D. José I, fidalgo e cavaleiro da Casa Real, e de Maria Antónia Pereira de Foyos Ferrão Castelo Branco (1708-1766). Seu pai José Leite de Sousa fora capitão-geral de Mazagão em 1752 e tenente-general na Guerra de Sucessão.Casou a 6 de novembro de 1816 com sua sobrinha Maria de Santo António Freire de Saldanha Noronha e Lima (1787-1846) filha do conselheiro Fernão Pereira Leite de Sousa e Foyos e de Maria Rita de Sousa Freire de Saldanha Noronha e Lima. Tiveram duas filhas, em 1817 e 1820, uma das quais foi a segunda viscondessa de Veiros. Nascido numa família da alta nobreza, Francisco de Paula Leite de Sousa era fidalgo por nascimento, e tornou-se cavaleiro da Casa Real por alvará de 7 de abril de 1755. Destinado à vida militar, assentou praça em 5 de março de 1762 no Regimento de Cavalaria do Cais (depois n.º 7), então aquartelado na vila de Veiros. Em 1763, passou para o serviço da Real Armada, e integrou a "Royal Navy", em guarda-marinha, fazendo brilhante carreira nas marinhas britânica e portuguesa até alcançar o posto de chefe de esquadra em 1799. Comandou não só diversas diversas naus e fragatas (as naus Bom Sucesso em 1766 e 1784, Belém em 1768, Madre de Deus de 1774 a 1780, Rainha em 1792, Santo António em 1781, as fragatas São João Baptista em 1771, Tritão em 1791, entre outras), em que liderou ataques e foi em diferentes comissões à Ásia, África e a América, como também chefiou esquadras e armadas.Foi à Índia em 1774 de guarnição na nau Madre de Deus, de que era comandante e capitão de Mar e Guerra Sanches de Brito. Distinguiu-se no ataque de Argel em 1784, no contexto da expedição punitiva conjunta de Portugal e da Espanha contra os Argelinos, indo por capitão-tenente da nau Bom Sucesso na esquadra do coronel Bernardo Ramires Esquível. Na altura, a cidade norte-africana era a principal base dos corsários barbarescos, e o objetivo do bombardeamento (de 10 a 21 de julho) era fazer cessar as suas atividades, o que foi alcançado até começarem as guerras napoleónicas. Foi a Nápoles e a Sardenha em 1792 por capitão de bandeira da nau Rainha de Portugal, na expedição do almirante Sancho de Brito. Durante a campanha do Rossilhão contra a França revolucionária, achou-se por comandante da nau Princesa da Beira, na divisão naval que em 1794 cruzou no canal de Inglaterra unida à de Lord How. Fazia parte da esquadra portuguesa (constituída por seis naus, duas fragatas e dois bergantins) enviada em 1793-1794 para o canal da Mancha a pedido do governo inglês em auxílio do Reino Unido, juntamente com o capitão de mar e guerra Domingos Xavier de Lima que comandava a nau Vasco da Gama. Teve por comissão em 1797 ir pacificar as ilhas de São Tomé e Príncipe, que tinham entrado em revolta. Deixando o serviço na Marinha, regressou ao Exército português como marechal de campo em maio de 1799. Em 1804, foi nomeado governador do castelo de São Filipe de Outão na vila de Setúbal. Tenente-general em 1807, foi nomeado comandante das linhas de defesa do Tejo. No ano seguinte, em 1808, foi governador das Armas do Alentejo sendo um dos responsáveis pela resistência às invasões francesas durante a guerra peninsular. Em 1814, foi nomeado governador das Armas da corte e da província da Estremadura.Serviu também na Índia, onde foi Conselheiro de Guerra, diversas vezes condecorado. Foi comandante em chefe (interino) do Exército português em 1818 e 1820, na ausência do marechal-general William Carr Beresford. Foi criado visconde de Vieiros (em duas vidas) em 11 de março de 1822.

Âmbito e conteúdo

Duas gravuras iguais. Gravuras com a cota antiga n.º 48345 contém a seguinte legenda: "Francisco de Paula Leite de Souza, visconce de Veiros do Conselho de Sua Magestade, fidalgo da sua Real Caza, Grão-Cruz da Ordem d'Aviz, Comendador das de Christo, e Torre e Espada, Tenente General o mais antigo do Exercito, Conselheiro de Guerra". Menciona ainda que era general do Exército, morreu no ano de 1833 com 86 anos de idade e 71 de serviço nas 4 partes do mundo e a maior parte sem recompensa. Denominado por o honrado General Leite. Na gravura também vem descriminado alguns dos seus feitos como militar e as respetivas datas. Contém quatro desenhos representativos´dos quatro continentes: Europa, Ásia, África e América.Retrato de uma figura masculina de meio corpo, cabelo curto, traje militar com dragonas e condecorações ao peito e ao pescoço.

Condições de acesso

Acesso através da cópia digital.

Cota antiga

48345; Antiga Pasta 56 (GR).

Idioma e escrita

Português.

Características físicas e requisitos técnicos

Razoável estado de conservação. Rasgado. Necessita de consolidação de suporte.

Unidades de descrição relacionadas

PT/AHM/DIV/3/10/57