Marquez de Fronteira

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Representação digital

Marquez de Fronteira

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Marquez de Fronteira

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AHM/FE/060/002/0002/013

Tipo de título

Formal

Título

Marquez de Fronteira

Título paralelo

José Trasimundo Mascarenhas Barreto - marquês de Fronteira

Datas descritivas

[Séc. XIX]

Dimensão e suporte

Litografia, p/b (323x204 mm), papel.

História administrativa/biográfica/familiar

José Trasimundo Mascarenhas Barreto, 7.º marquês de Fronteira, 8.º conde da Torre, 8.º conde de Coculim, representante do título de marquês de Alorna e 10.º conde de Assumar.Nasceu em Lisboa, em 4 de janeiro de 1802 e faleceu na mesma cidade, em 19 de fevereiro de 1881, sepultado num jazigo da igreja de São Domingos de Benfica, em Lisboa. Foi um nobre, militar e político português.Filho de D. João José Mascarenhas Barreto e de D. Leonor Benedita de Oyenhausen de Almeida, filha da marquesa de Alorna. Assentou praça de cadete a 8 de maio de 1818, tendo 16 anos, na 1.ª Companhia de Granadeiros do Regimento de Infantaria n.º 4, sendo promovido a alferes do Regimento de Infantaria n.º 1 em 10 de dezembro de 1820.Casou em 14 de fevereiro de 1821 com D. Maria Constança da Câmara, dama da Ordem de Santa Isabel, depois dama de honor das rainhas D. Maria II de Portugal, D. Estefânia e D. Maria Pia e teve apenas uma filha, D. Maria Mascarenhas Barreto.Em 1820, o chefe da revolução liberal, general Sepúlveda, nomeou-o seu ajudante de campo, conservando-o no seu Estado-Maior até à queda do governo constitucional. Com o movimento da Vilafrancada em maio de 1823, foi colocado no 7.º Regimento de Cavalaria, de guarnição em Torres Novas. Voltou depois a Lisboa, e foi para o Regimento de Infantaria n.º 4, antes da revolta de 30 de abril de 1821. Esteve preso na torre de Belém, e depois na praça de Peniche, quase a ser fuzilado.Saindo da prisão obteve licença para sair do reino, e em companhia de sua mulher percorreu parte da Europa, regressando a Portugal depois de ser outorgada a Carta Constitucional em 1826. Foi eleito par do reino, por carta régia de 30 de abril de 1826, não tomando logo posse, por estar ainda na menoridade, que então se contava de 25 anos.Começando as lutas do partido do infante D. Miguel, o general conde de Vila Flor tomou o comando das armas da província do Alentejo nos fins de novembro de 1826, e nomeou o marquês de Fronteira como seu ajudante de campo. Tomou parte no combate de Arronches, na batalha de Coruche e nos combates de Ponte da Barca e do Prado.Com a deposição das armas pelos corpos rebeldes em 9 de janeiro de 1827, o marquês conservou-se no quartel-general do conde de Vila Flor, obtendo a nomeação de governador das armas do partido do Porto. Em Julho de 1827 houve tumultos na capital para obrigar a regente a nomear um ministério presidido por Saldanha, esta revolução chamou-se a Archotada.O marquês de Fronteira foi acusado, tendo sido absolvido em 22 de fevereiro de 1829. Constando-lhe que pretendiam prendê-lo, apesar de ter sido absolvido, emigrou para Inglaterra, passando a Paris. Em Paris, adoeceu e não tomou parte na tentativa do vapor Belfast, mas o governo de D. Miguel, acreditando que ele fora na expedição, mandou-o processar com os outros, e sequestrou-lhe os bens. Sabendo, mais tarde, que o marquês estava doente em Paris mandou suspender o processo e levantar o sequestro. O marquês declarou que não reconhecia outra rainha senão D. Maria II de Portugal, valeu-lhe um novo sequestro, ficando privado de todos os seus bens até à entrada do exército libertador na capital.Assim que o ordenaram, reuniu-se às forças que sustentavam a dinastia e a Carta nos Açores. Partiu para a Terceira, e continuou no lugar de ajudante de campo do general conde de Vila Flor; desembarcou com ele nas praias do Mindelo, a 8 de julho de 1832 participou na batalha de Ponte Ferreira. A 23 de julho foi graduado no posto de capitão. Assistiu também ao combate de Souto Redondo, e como ajudante de campo do conde de Vila Flor quando comandou o exército liberal durante o cerco do Porto.Foi recomendado pela sua conduta no combate das Antas. Acompanhou o general, já duque da Terceira, na expedição do Algarve. Fez a campanha do Algarve e do Alentejo, esteve na batalha de Cacilhas, nos sítios de Lisboa e de Santarém, e depois no norte do país. Assistiu à entrada de Coimbra e à batalha de Asseiceira.Estava em Évora Monte quando se deu a convenção em 27 de maio de 1834. Terminada a campanha da Liberdade, foi colocado no Regimento de Lanceiros n.º 1 e, nomeado comandante do 3.º esquadrão. Convocadas as cortes, foi um dos 13 pares que, guardando o juramento à Carta e à dinastia, instalaram novamente a referida Câmara. A revolução de 8 de setembro de 1836 suprimiu a Câmara, e em 1837 instaurou-se o congresso constituinte, em que Fronteira foi eleito deputado por Lisboa.Depois de votada a constituição de 1838, foi deputado eleito por Bragança. Em 1840 organizou o 2.° Batalhão do Comércio, mas teve de abandonar o comando para acompanhar o duque da Terceira às províncias do Norte.Em 1842 restabeleceu-se a Câmara dos Pares, e nesse ano, comandando o duque da Terceira a 1.ª Divisão Militar, realizou-se no Porto a restauração da Carta, e a junta que a proclamara, marchou sobre Coimbra.Em 1846 rebentou a revolução da Maria da Fonte. Nomeado 4.º, 7.º e 9.º Governador Civil do Distrito de Lisboa. Foi encarregado pelo primeiro-ministro, o general Saldanha, de organizar e comandar os corpos de voluntários nacionais da capital. Antes da batalha de Torres Vedras em 23 de dezembro de 1846, Lisboa ameaçada pelas forças da Junta do Porto, ocupou as linhas da capital com os corpos.Conservou o comando dos corpos nacional e o cargo de governador civil até 1851, ano em que rebentou a revolta da Regeneração, tendo tentado evitar que a revolta triunfasse na capital. Nomeado presidente do Conselho de Ministros, o marquês demitiu-se dos cargos que exercia. Saiu brigadeiro por antiguidade em 10 de julho de 1851, obteve a reforma no posto de marechal de campo, melhorada por um decreto de 11 de maio de 1869 do ministério de Sá da Bandeira. Por ocasião do casamento de D. Pedro V de Portugal, em maio de 1858, foi nomeado mordomo-mor da casa da rainha D. Estefânia até seu falecimento, em julho de 1859.Substituiu o duque de Saldanha como mordomo-mor da Casa Real. Em 1862, foi nomeado mordomo-mor da casa da rainha D. Maria Pia. Foi vedor da Fazenda, honorário da Casa Real, par do reino; 7.º senhor de Fronteira, 8.º senhor dos morgados da Torre da Vargem, senhor de Coculim e Verodá, na Índia; 15.º senhor da quinta das Chantas, no termo de Santarém; 13.º senhor da quinta da Goncharia em Almeirim; donatário na mordomia-mor de Faro; marechal de campo reformado; comendador e Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo; comendador de Santa Cristina, de Afife, de Nossa Senhora da Conceição, de Rosmaninhal; de São Miguel, de Linhares; de São Nicolau, de Carrazedo de Montenegro; de Santiago, de Fonte Arcada; de São Tiago, de Torres Vedras. Cavaleiro, oficial e Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, Grã-Cruz da Ordem de Carlos III, de Espanha; da Ordem da Águia Vermelha, da Prússia; da Ordem de São Gregório Magno, da Santa Sé; da Ordem de Alberto o Valoroso, da Saxónia; da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro, de Itália, e da Imperial Ordem da Rosa do Brasil.Recebeu a medalha das Campanhas da Liberdade, algarismo 9, a medalha de Bons Serviços, a medalha de Valor Militar e a medalha de Comportamento Exemplar.

Âmbito e conteúdo

Na gravura contém o seguinte: Litografia francesa L. Maurin.É um retrato de uma figura masculina, meio corpo, cabelo curto e ralo, com suíças, em pé com traje militar.

Condições de acesso

Acesso através da cópia digital.

Idioma e escrita

Português.

Características físicas e requisitos técnicos

Razoável estado de conservação.