Fundo Particular Maia de Magalhães

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Fundo Particular Maia de Magalhães

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AHM/FP/21

Tipo de título

Atribuído

Título

Fundo Particular Maia de Magalhães

Datas descritivas

1900 - 1990

Dimensão e suporte

2 cx. (n.ºs 300 e 301), 77 documentos.

Entidade detentora

Arquivo Histórico Militar

História administrativa/biográfica/familiar

Manuel Firmino de Almeida Maia de Magalhães nasceu em Aveiro em 7 de fevereiro de 1881, filho do jurista José Maria Barbosa de Magalhães e irmão do Professor Doutor José Maria de Vilhena Barbosa de Magalhães, professor da Faculdade de Direito de Lisboa, ministro da Educação e dos Negócios Estrangeiros. Oficial de Cavalaria pela Escola Prática de Cavalaria de Torres Novas e habilitado com o Curso do Estado-Maior em 1907, participou no 5 de outubro e contribuiu para a implantação e institucionalização da República. Em 1911 foi enviado pelo governo em missão especial ao norte para organizar a resistência a previsíveis ameaças monárquicas. Em 1912, organizou e comandou a coluna que destroçou o ataque monárquico a Chaves, sendo ferido no combate de Vila Verde, pelo que recebeu a medalha de valor militar e foi louvado pelas câmaras municipais. A Câmara de Aveiro deu o seu nome a um largo.Ainda em 1912 foi nomeado representante do exército português nas manobras do exército britânico, sendo, no mesmo ano, professor da Escola do Exército. De setembro de 1914 a 1915 ocupou o cargo de Chefe de Estado-Maior das forças militares em preparação para a guerra. Em 1915 foi preso por razões políticas por ordem do governo de Pimenta de Castro. Adjunto do ministro da Guerra, Norton de Matos, na preparação militar da previsível entrada de Portugal na Grande Guerra, acabou por ser, de 1917 a 1918, chefe do Estado-Maior da Base do CEP em França e depois chefe da Missão de Ligação do CEP com o exército britânico, recebendo a Cruz de Guerra de 1.ª classe. De novembro de 1918 a janeiro de 1919 esteve preso em Elvas, no Forte da Graça, por ordem de Sidónio Pais. Em 1919 participou na organização e comando do contra-ataque republicano às forças monárquicas de Monsanto. Foi nomeado chefe do Estado-Maior do corpo de exército comandado pelo general Pereira Bastos que avançou para o norte a fim de retomar o Porto e as províncias de Entre-Douro e Minho e Trás-os-Montes ocupadas pelos monárquicos, chefiados por Paiva Couceiro. Ainda nesse ano, foi promovido a tenente-coronel. De 1919 a 1921 foi governador de Cabo Verde.Em 1921 foi nomeado chefe do gabinete do ministro da Guerra, participando na reorganização das forças armadas.Em 1922 foi nomeado chefe de Estado-Maior da Guarda Nacional Republicana. De 1925 a 1926 foi governador de Macau. Promovido a coronel em 1927, passou a diretor dos Serviços Cartográficos do Estado-Maior do Exército.Em 1931 foi preso por razões políticas, vindo a falecer no hospital militar de Lisboa em 12 de outubro de 1932.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Legado por testamento da Dra. Alice Magalhães, filha do coronel Maia de Magalhães.

Âmbito e conteúdo

Documentos relativos às operações de Vinhais e Chaves e combate de Vila Verde da Raia contra as incursões monárquicas; documentos pessoais, estudos e conferências, das quais se destaca: "A utilização da Cavalaria", "A Defensiva", "O Armamento português", "Problema sobre o emprego de um grupo de esquadrões", "Problema sobre o emprego de uma brigada mista".

Sistema de organização

Organizado em 6 séries, ordenadas cronologicamente:1. Curso da Escola do Exército;2. Estudos e conferências;3. Documentos pessoais;4. Incursões monárquicas;5. Manobras inglesas;6. Jornais sobre o combate de Chaves.

Unidades de descrição relacionadas

PT/AHM/DIV/1/34/4/6