Vicente Nicolau de Mesquita

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Vicente Nicolau de Mesquita

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Vicente Nicolau de Mesquita

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AHM/FE/060/002/0001/009

Tipo de título

Atribuído

Título

Vicente Nicolau de Mesquita

Datas de produção

1849-08-25  a  1849-08-25 

Dimensão e suporte

Litografia, p/b (698 x 500 mm), papel.

História administrativa/biográfica/familiar

Vicente Nicolau de Mesquita nasceu em Macau, 9 de Julho de 1818 e faleceu em Macau, 20 de Março de 1880. Filho de uma antiga família mestiça luso-descendente (ou macaense) que se fixou em Macau na 1.ª metade do século XVIII. Foi um militar e oficial macaense do Exército Português em Macau, que naquela altura era uma colónia portuguesa. Vulgarmente designado por coronel Mesquita. No dia 9 de junho de 1835, ingressou voluntariamente no Batalhão do "Príncipe Regente", sendo promovido a segundo-tenente no dia 15 de julho de 1847.Ele é teve um papel central na Batalha do Passaleão, travada no dia 25 de agosto de 1849 contra as forças chinesas que cercaram Macau, conseguindo derrotar o exército chinês.Devido à sua coragem heróica, ele foi promovido a primeiro-tenente, no dia 12 de janeiro de 1850. No dia 7 de fevereiro de 1867, ele foi promovido a tenente-coronel e no dia 27 de outubro de 1873 foi promovido finalmente a coronel. O coronel Mesquita foi também comandante da Fortaleza da Taipa, do Forte de São Tiago da Barra e da Fortaleza do Monte. Foi também membro do Conselho do Governo e do Conselho da Justiça Militar.O coronel Mesquita ficou deprimido porque queixava-se da sua promoção lenta e inadequada nos quadros do Exército Português, devido ao facto de ser macaense, e da falta de reconhecimento oficial do seu papel na proteção de Macau. Como resultado, ele sofreu uma série de graves crises nervosas, que o forçou a aposentar-se, oficializada no dia 27 de novembro de 1873.Mesmo após a aposentação, ele continuou com as suas crises nervosas e a sua vida ficou cada vez mais deteriorada. No dia 20 de março de 1880, numa das suas crises de loucura, feriu gravemente dois dos seus filhos e matou a sua esposa Carolina e a sua filha Iluminada. Depois deste ato trágico, ele suicidou-se, sendo o seu corpo encontrado no poço da sua casa no n.º 1 da Rua do Lilau, que se situa num bairro antigo de Macau.Devido às circunstâncias macabras da sua morte, o Governador de Macau rejeitou dar-lhe um funeral militar e o Leal Senado de Macau, em conformidade com os preceitos da Igreja Católica, recusou-lhe a sepultura cristã. Cerca de trinta anos depois, em 1910, ele foi reabilitado pelo Juízo Eclesiástico e, em conformidade com a opinião pública sobre a importância deste homem na história de Macau, os seus restos mortais foram transladados, no dia 28 de agosto de 1910, para o Cemitério de São Miguel com todas as honras militares e eclesiásticas.

Localidade

Macau

Âmbito e conteúdo

Contém o seguinte: Herói de Passaleão. Retarto de uma figura masculina de meio corpo, cabelo extremamente curto e bigode de cor preta, traje militar com duas condecorações ao peito.

Condições de acesso

Acesso através da cópia digital.

Cota antiga

45070; Antiga Pasta 56 (GR)

Idioma e escrita

Português.

Características físicas e requisitos técnicos

Razoável estado de conservação, mas com perda de cor em algumas partes da litografia, necessitando de restauro.