António Óscar Fragoso Carmona

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António Óscar Fragoso Carmona

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AHM/FE/060/002/0001/004

Tipo de título

Atribuído

Título

António Óscar Fragoso Carmona

Datas de produção

1949-01-10  a  1949-01-10 

Dimensão e suporte

Cartaz, p/b (990 x 680 mm), papel.

História administrativa/biográfica/familiar

António Óscar de Fragoso Carmona, nasceu em Lisboa, a 24 de novembro de 1869, filho de Maria Inês Corte-Real de Melo Fragoso e de Inácio Maria Machado de Morais Carmona. Filho e neto de generais do Exército, seguiu a tradição militar, ingressando no Colégio Militar, em 1882. Frequentou, depois, durante dois anos, a Escola Politécnica de Lisboa, e em 1890 entrou para a Escola do Exército, optando pela Arma de Cavalaria.Terminado o Curso de Cavalaria, foi colocado na Escola Prática de Equitação, em Vila Viçosa. Em 1894, já alferes, foi destacado para o Regimento de Cavalaria n.º 6, em Chaves, e em 1907 fez o tirocínio para a promoção ao posto de capitão, ficando colocado na Escola Prática de Cavalaria, em Torres Novas. Aderiu à Maçonaria em Chaves, antes da implantação da República, só atingindo o grau de aprendiz, acabando por abandonar a organização, em data incerta. Em outubro de 1910, cinco dias após a implantação da República, foi nomeado vogal da Comissão de Reorganização do Exército, e em 1913 assumiu funções como instrutor da Escola Central de Oficiais, em Mafra.Em 1914, casou-se, em Lisboa, com Maria do Carmo Ferreira da Silva e teve três filhos Cesaltina, António e Maria Inês. A carreira militar de Óscar Carmona prosseguiu sem percalços: tenente, em 1899; capitão, em 1907; tenente-coronel, em 1916; coronel, em 1919; general, em 1922, e marechal, em 1947.A sua primeira posição política de relevo foi como secretário do ministro da Guerra no Governo de Pimenta de Castro, em 1915, tendo sido preso na sequência da queda do governo, embora por pouco tempo. No ano seguinte, assumiu o comando do Regimento de Cavalaria n.º 2, em Lisboa, com a patente de tenente-coronel.O apoio a Sidónio Pais valeu-lhe a nomeação para comandante da Escola Prática de Cavalaria, em Torres Novas (1918-1922). A promoção a general e a chefia da 4.ª Divisão Militar, em Évora, em 1922, abriram caminho para que se tornasse uma peça-chave na transição da Ditadura Militar para o Estado Novo.Ministro da Guerra no Governo de António Ginestal Machado, em 1923, um governo de direita republicana, Carmona foi presidente do 2.º Tribunal Militar Territorial, em 1924, e promotor de Justiça nos julgamentos dos militares implicados na revolta de 18 de abril de 1925, que muitos consideram o «ensaio geral» do 28 de maio de 1926. Abordado inicialmente por José Mendes Cabeçadas Júnior para integrar o movimento militar de 28 de maio, Carmona não aderiu de imediato, aguardando pelo sinal do grupo de João Sinel de Cordes, que veio no dia 30. Tornou-se, ao lado de Mendes Cabeçadas e de Manuel Gomes da Costa, um dos elementos do triunvirato que saiu vitorioso da revolta.Antes de exercer as funções de Chefe do Estado, assumiu, durante o mês de junho, a pasta dos Negócios Estrangeiros, tendo como principal missão assegurar o reconhecimento internacional da Ditadura Militar, no Governo liderado por Gomes da Costa. Derrubado este, assumiu a 9 de julho, a pasta da Guerra e a presidência do Ministério.Óscar Carmona foi Presidente da República até ao dia da sua morte, em 18 de abril de 1951. Foi a única vez, até ao momento, que um Presidente da República Portuguesa morreu no exercício de funções.Pouco anos antes, por conselho médico, Carmona deixara de habitar no Palácio da Cidadela de Cascais para onde se mudara, em 1928, com a família, após a eleição formal para a Presidência da República. O seu funeral, com cerimonial próprio de chefe de Estado, realizou-se no dia 21 de abril de 1951. O corpo esteve em câmara ardente no edifício da Assembleia Nacional (Assembleia da República) e no Mosteiro dos Jerónimos. Ficou temporariamente sepultado no Cemitério da Ajuda, no jazigo da família, e depois trasladado para a Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos. Em 1966, foi definitivamente trasladado para o Panteão Nacional – Igreja de Santa Engrácia, por ocasião da inauguração daquele monumento.

Âmbito e conteúdo

Na gravura está mencionado: Símbolo de 22 anos de ordem, de paz e de progresso.

Cota antiga

16818; Antiga Pasta 56 (GR)

Idioma e escrita

Português.

Características físicas e requisitos técnicos

Razoável estado de conservação. Rasgado. Necessita de consolidação de suporte.