D. Manuel II - Rei de Portugal

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D. Manuel II - Rei de Portugal

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AHM/FE/060/002/0001/007

Tipo de título

Atribuído

Título

D. Manuel II - Rei de Portugal

Datas descritivas

[c. 1908 - 1909]

Dimensão e suporte

Litografia, a cor (588 x 375 mm), papel.

História administrativa/biográfica/familiar

Manuel II nasceu em Lisboa, a 15 de novembro de 1889 e faleceu em Londres, a 2 de julho de 1932, com o cognome "o Patriota". Foi o último rei de Portugal e Algarves de 1908 até à sua deposição em 1910, com a Implantação da República Portuguesa. Era o segundo filho do rei D. Carlos e sua esposa, a princesa Amélia de Orleães, tendo ascendido ao trono após o assassinato de seu pai e do seu irmão mais velho D. Luís Filipe.O infante tornou-se assim Rei de Portugal. Foi solenemente aclamado "Rei" na Assembleia de Cortes em 6 de maio de 1908, perante os deputados da Nação, jurando cumprir a Carta Constitucional. Manuel manteve-se sempre fiel a este juramento mesmo quando, já no exílio, foi pressionado a apoiar outras formas de governo para uma possível restauração. Julgando que a intervenção direta na governação pelo seu pai havia sido a causa principal para o desfecho trágico do reinado deste, D. Manuel II absteve-se de intervir diretamente nos assuntos do governo, seguindo a máxima de que o rei reina, mas não governa. A situação política degradou-se, tendo-se sucedido sete governos em cerca de 24 meses. Na verdade, a 4 de outubro de 1910, começou uma revolução e no dia seguinte, 5 de outubro deu-se a Proclamação da República em Lisboa e mais tarde, o Porto aderiu à República. O golpe de Estado estava terminado. A família real exilou-se no Reino Unido, fixando residência em Fulwell Park, Twickenham, nos arredores de Londres, onde o rei procurou recriar um ambiente português, à medida que fracassavam as tentativas de restauração monárquica (em 1911, 1912 e 1919). Manteve-se sempre ativo na comunidade, frequentando a igreja católica de Saint James. A sua passagem no lugar ainda se vê hoje em topónimos como "Manuel Road", "Lisbon Avenue" e "Portugal Gardens".Continuou a seguir de perto a política portuguesa, gozando de alguma influência junto de alguns círculos políticos, nomeadamente das organizações monárquicas. Preocupava-se de que a anarquia da Primeira República provocasse uma eventual intervenção espanhola e o seu perigo para a independência nacional.Pelo menos um caso é conhecido em que a intervenção direta do rei teve efeito. Depois do afastamento de Gomes da Costa pelo general Fragoso Carmona, foi nomeado novo embaixador de Portugal em Londres, substituindo o anteriormente designado, que o governo britânico recusou-se a reconhecer. Na altura estava a ser negociada a liquidação da dívida de Portugal à Inglaterra, pelo que o assunto se revestia de grande importância e o ministro dos Negócios Estrangeiros da República pediu a Manuel que exercesse a sua influência para desbloquear a situação. O rei ficou encantado com esta oportunidade para ajudar o seu país e levou a cabo vários contactos (incluindo provavelmente o seu amigo, o rei Jorge V), o que teve de imediato os efeitos desejados.Apesar de deposto e exilado, Manuel teve sempre um elevado grau de patriotismo, o que o levou, em 1915, a declarar no seu testamento a intenção de legar os seus bens pessoais ao Estado Português, para a fundação de um museu, manifestando também a sua vontade de ser sepultado em Portugal.

Âmbito e conteúdo

É um retrato de uma figura masculina jovem, quase de corpo completo e em pé, traje militar com espada e dragonas, várias condecorações ao peito, capacete na mão direita, tem como fundo a estátua de D. José I.

Condições de acesso

Acesso através da cópia digital.

Cota antiga

18847; Antiga Pasta 56 (GR)

Idioma e escrita

Português.

Características físicas e requisitos técnicos

Razoável estado de conservação. Rasgado. Necessita de consolidação de suporte.