Napoleão Bonaparte

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Napoleão Bonaparte

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AHM/FE/060/002/0001/003

Tipo de título

Atribuído

Título

Napoleão Bonaparte

Datas descritivas

[Séc. XX]

Dimensão e suporte

Retrato, a cores (752 x 405 mm), papel.

História administrativa/biográfica/familiar

Napoleão Bonaparte, nasceu em Ajaccio, em 15 de agosto de 1769 e faleceu em Longwood, em 5 de maio de 1821. Foi um estadista e líder militar francês que ganhou destaque durante a Revolução Francesa e liderou várias campanhas militares de sucesso. Foi imperador com o nome de Napoleão I de 1804 a 1814 e um breve período, em 1815 durante os Cem Dias.A ascensão de Bonaparte ao poder foi consequência direta da crise ocorrida na França no final do século XVIII. Naquele momento havia a busca por um regime de liberdade política e igualdade de direitos.Coube a Napoleão a tarefa de consolidar internamente e difundir externamente algumas das principais conquistas da Revolução Francesa (1789-1799).A expansão territorial teve como objetivo principal o fortalecimento do Estado francês. À medida que suas tropas conquistavam novos territórios, difundiam e estabeleciam ideias liberais características da Revolução Francesa. Estudou em Autun, na França, e com 10 anos seguiu para o colégio militar de Brienne. Em 1784, ingressou como bolsista na Escola Real Militar, no Campo de Marte, em Paris, onde começou sua carreira. Com 16 anos foi graduado segundo-tenente de artilharia.Embora fosse um oficial militar, Napoleão mostrou-se simpático às ideias da Revolução Francesa em 1789. Posteriormente, entrou para o Clube Jacobino, grupo político de maior evidência no final de 1791.Em 1794, os moderados derrubam o governo de Robespierre e assumem o controle da Revolução. Napoleão, apesar da patente de general de brigada, obtida no ano anterior na defesa de Toulon, não escapou da prisão, que durou poucos dias.Em 1795, é nomeado comandante do Exército francês, quando derrota os revoltosos partidários da monarquia. Nessa época conhece Josefina Beauharnais, viúva de um nobre guilhotinado na Revolução e mãe de dois filhos. Casam-se no dia 9 de março de 1796.Dois dias depois, parte para campanhas vitoriosas na Itália e Áustria, retornando a Paris aplaudido pela multidão. Em seguida, comanda a invasão francesa no Egito (1798-1799), que é tomado numa rápida campanha.Volta a Paris em 1799 e encontra a França ameaçada por uma guerra civil.Napoleão Bonaparte, aclamado pelo povo como herói nacional, no dia 9 de novembro de 1799, promoveu um golpe de Estado conhecido na história como “Golpe do 18 de Brumário”.Nesta data, ele derrubou o Diretório, dissolveu a Assembleia e assumiu o governo. Implantou o regime de Consulado e foi nomeado Primeiro Cônsul.Em 1800 aprovou, em plebiscito, uma Constituição. Em 1802, assinou a paz de Amiens com a Inglaterra.Neste período, fundou o Banco da França e organizou sua obra mais relevante, o Código Civil. Inspirado no Direito Romano, esse corpo de leis continua, em sua essência, em vigor até hoje. Vitorioso interna e externamente, recebe o título de Cônsul-Vitalício.Por referendo, Napoleão Bonaparte se faz imperador, coroado pelo Papa Pio VII, no dia 2 de dezembro de 1804. Torna-se Napoleão I, imperador da França.Estabelecido pelo Senado, em nome da República, o Império seria exercido com firmeza. Napoleão instituiu o Código Comercial e o Código Penal.O equilíbrio interno conquistado possibilitou a Napoleão pôr em prática seu plano principal: fazer da França a maior potência do continente. Várias vitórias se seguiram e deram ao imperador o controle de quase toda e Europa Central.Para enfraquecer a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, forçando os países europeus a fecharem os portos ao comércio inglês.Em 1807 e 1808, Bonaparte invadiu primeiro a Espanha e depois Portugal. Com um exército que parecia imbatível, por volta de 1810, quase toda a Europa ocidental estava sob seu domínio. A grande exceção era a Inglaterra.Nesse ano, já separado de Josefina, casa-se com a arquiduquesa Maria Luísa da Áustria, filha de Francisco II e irmã de D. Leopoldina, esposa de D. Pedro I, e primeira imperatriz do Brasil.Com a arquiduquesa Maria Luísa teria um filho, Napoleão II, que faleceu aos 21 anos.Em 1812, os russos romperam o bloqueio contra a Inglaterra. Em represália, Napoleão invadiu a Rússia. Chega a Moscovo e encontra a cidade evacuada e incendiada pelos próprios russos. Suas tropas não conseguem resistir ao rigoroso inverno russo e vencido, retira-se, regressando apenas 30 mil homens a França. Nesse mesmo ano, a França é invadida e Napoleão acabou renunciando ao poder em 1814, sendo exilado na ilha de Elba, no Mediterrâneo.Em março de 1815, Napoleão foge do exílio e entra em Paris, aplaudido pelo povo e pelas tropas, indignadas com a restauração da monarquia dos Bourbons.Por cem dias, reassume o poder mas é de novo derrotado, desta vez definitivamente, na Batalha de Waterloo, pelos ingleses e seus aliados.As nações vitoriosas se reúnem no Congresso de Viena para redesenhar o mapa europeu.Em seguida, Napoleão é levado como prisioneiro para a remota ilha de Santa Helena, situada no Oceano Atlântico, onde morreu no dia 5 de maio de 1821.Seus restos mortais encontram-se no Panteão dos Inválidos, em Paris.

Âmbito e conteúdo

No retrato contém o seguinte: NapoleãoO primeiro, e o último pela cólera dos céus, imperador dos jacobinos; protetor da confederação dos velhacos; mediador da liga infernal; Grão-Cruz da Legião do horror; comandante em chefe das legiões dos esqueletos deixados em Moscou, Smolensko, Leipzig, etc; cabeça dos fugitivos; falso sumo sacerdote do Sinédrio; falsa coluna da fé católica; fingido profeta dos muçulmanos; inventor do método ciríaco do dispor dos seus próprios doentes por meio de bebidas soporíferas, e dos inimigos prisioneiros por meio da baioneta; coveiro-mor para enterrar vivos; carcereiro-mor do Santo Padre, e do rei de Espanha; destruidor de Coroas, e fabricante de condes, duques, príncipes, e reis; malsil-mor do sistema continental; carniceiro-mor das matanças de Paris, e de Polosa, Algoz de Hoffer, Palm, Wright, e até mesmo, do seu próprio príncipe o virtuoso duque de Enghiem, e de mil outros; roubador oculto de embaixadores; almirante em chefe da invasão das barcas; copeiro-mor do veneno de Taffa; arquichanceler dos tratados feitos em papel perdido; arquitesoureiro dos roubos do mundo; o louco sanguinário; assassino, e incendiárioFazei lá paz com ele!!!Retrato seroglífico foi fielmente copiado de uma estampa alemã com a paródia dos seus títulos: o chapéu representa uma águia vencida, estropiada e agachada depois do seu combate com as águias do Norte; o seu rosto é composto dos cadáveres das vítimas da sua loucura e ambição que pereceram nas planícies da Rússia e da Saxónia; o seu pescoço é cercado pelo mar Vermelho em alusão às suas tropas afogadas; a sua dragona é uma mão guiando a Confederação do Rhim, debaixo do fraco símbolo de uma teia de aranha e a aranha é um emblema da vigilância dos aliados que naquela mão enterraram o ferrão mortífero.

Cota antiga

19187, Antiga Pasta 56 (GR)

Idioma e escrita

Português.

Características físicas e requisitos técnicos

Bom estado de conservação.