1ª República (1ª fase). Revoltas e Incursões Monárquicas (1910 - 1914).

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1ª República (1ª fase). Revoltas e Incursões Monárquicas (1910 - 1914).

Detalhes do registo

Nível de descrição

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Código de referência

PT/AHM/DIV/1/34

Título

1ª República (1ª fase). Revoltas e Incursões Monárquicas (1910 - 1914).

Datas descritivas

1893 - 1940

Dimensão e suporte

244 processos manuscritos, dactilografados e impressos, 4 livros e alguns mapas e croquis.

História administrativa/biográfica/familiar

Com a implementação da República em 5 de Outubro de 1910, foram implementadas diversas medidas legislativas para garantir as novas instituições. Uma das primeiras medidas do Ministério da Guerra foi a criação de batalhões de voluntários republicanos nas principais localidades, por iniciativa do coronel Correia Barreto. A partir de 1911, a GNR substituiu a Guarda Municipal, ficando com a responsabilidade de afastar qualquer ameaça de restauração monárquica. A publicação de legislação contra os que não respeitassem a nova ordem política, provocou a saída do país de muitos monárquicos, com destino a Espanha, na tentativa de criar e agrupar forças para a incursão através de Trás-os-Montes. As perseguições à Igreja e aos movimentos monárquicos por parte do Governo Provisório da República provocaram inúmeros protestos e tensões na sociedade civil. Os exilados monárquicos foram considerados inimigos da pátria. A 1ª incursão monárquica surgiu em Julho de 1911, atravessando a fronteira do Minho. Vários quartéis entraram em prevenção com reforço das guarnições de Chaves e Braga e vigilância no Gerês, para neutralizar a acção de Paiva Couceiro, que tentava agrupar apoios à causa monárquica. Em 1912 surgiu nova crise político-social, provocada pela reivindicação de melhores salários e que tiveram como consequência uma vaga de greves e tumultos em Lisboa. Em Julho desse ano deu-se a 2ª incursão na fronteira Norte, chefiada por Paiva Couceiro e Vitor de Sepúlveda, cujos ataques foram infrutuosos devido à acção da Guarda Fiscal e destacamentos das forças militares do governo e que culminaram com o combate de Chaves em 8 de Julho de 1912.

Âmbito e conteúdo

Esta secção é composta por documentação relativa aos primeiros anos da implantação do regime republicano e às várias revoltas e incursões monárquicas, com destaque para a correspondência dos consulados portugueses em Espanha sobre a actividade dos conspiradores monárquicos com informação sobre o treino militar, armamento e organização das operações; correspondência das divisões militares sobre manutenção da ordem pública, reforços de postos no Algarve, fornecimento de armamento e munições às unidades militares, confrontos com os rebeldes monárquicos e actividades destes nas fronteiras do Alentejo, Algarve e em Trás-os-Montes; julgamentos de militares e civis envolvidos na conspiração monárquica e informações sobre presos políticos nos fortes do Alto do Duque, Caxias, Graça e São Julião; relatórios das divisões militares e diversas unidades militares sobre as operações contra os conspiradores no Norte, reconhecimentos, ordem e segurança com relações de militares que participaram nas operações; copiadores de correspondência do Conselho do Estado Maior do Exército e estudos do coronel Sebastião de Mesquita sobre o combate de Chaves.

Sistema de organização

Esta colecção não se encontra organizada. Os documentos foram reunidos e colocados na secção por ordem sequencial de entrada no Arquivo Histórico Militar, segundo a organização do seu património documental em 1931.

Condições de acesso

O documento 1/34/9/1 encontra-se reservado por 100 anos, por menção expressa do seu autor, coronel Sebastião de Mesquita, só ficando acessível a partir de 2017.

Idioma e escrita

Alguns documentos em francês.

Características físicas e requisitos técnicos

Alguns documentos encontram-se em mau estado de conservação.

Unidades de descrição relacionadas

Sobre as Incursões Monárquicas e a Monarquia do Norte ver os seguintes fundos/colecções: “Implantação da República (1910 - 1911)” (AHM/DIV/1/33); Fundo Particular de Maia de Magalhães (AHM/FP/21), Iconografia (AHM/FE/10), alguns processos da Direcção de Justiça e Disciplina (AHM/FO/33).

Notas de publicação

Referência bibliográfica“Combates em Vila Verde e Chaves em 7 e 8 de Julho de 1912. Relatórios oficias“. Lisboa, Imprensa Nacional, 1913.“Folhetos de Propaganda Monarquica”, S.l, s.n, 1911Leitão, Joaquim - Couceiro, o capitão phantasma. Porto, 1914.“Operações militares das tropas do Sector entre Minho e Cávado em Julho de 1912. Relatórios oficias”. Lisboa, Imprensa Nacional, 1913.Valente, Vasco Pulido - Um herói português: Henrique Paiva Couceiro (1861 - 1944). Biografia. Lisboa, Alêtheia Editores, 2006.