Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão (1805 - 1814).

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Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão (1805 - 1814).

Detalhes do registo

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/AHM/DIV/1/15

Título

Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão (1805 - 1814).

Título paralelo

104358

Datas descritivas

1808 - 1898

Dimensão e suporte

1 cx. com 50 documentos manuscritos.

História administrativa/biográfica/familiar

A Legião Portuguesa foi organizada pelo decreto de 18 de Maio de 1808 e constituída por tropas portuguesas que serviram nos exércitos de Napoleão. Em Novembro de 1807, Junot recebeu instruções de Napoleão para organizar um corpo militar com tropas portuguesas. Este corpo organizado e comandado pelo tenente-general D. Pedro de Almeida, marquês de Alorna, tinha como 2º comandante Gomes Freire de Andrade e como chefe do Estado-Maior Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real. A Legião foi composta por duas brigadas de Infantaria com seis regimentos, um de Cavalaria com dois regimentos de caçadores a cavalo e um batalhão de Engenharia. Cada regimento tinha dois batalhões e cada batalhão, seis companhias com 140 praças cada. O regimento de Cavalaria era composto por quatro esquadrões com duas companhias compostas por 100 praças cada. A Legião partiu para França em Abril de 1808, tomando parte no cerco de Saragoça, entre Julho e Agosto desse ano. No início de 1809 a Legião estava em França, passando a receber o mesmo soldo das tropas francesas. Na campanha da Áustria, a infantaria da Legião constituiu a 13ª meia-brigada do Corpo de Granadeiros do general Oudinot que partiu para a Alemanha em Abril. A cavalaria da Legião ficou integrada na guarda pessoal do Imperador. Após a batalha de Wagram, a 4 de Julho, muitos oficiais da Legião foram promovidos e diversos militares receberam as insígnias da Legião de Honra. Em Agosto de 1810 regressaram a França.Com a 3ª invasão francesa (Massena), muitos militares da Legião desertaram quando souberam que poderiam integrar as unidades francesas. Após o regresso a França, em 1811, a Legião Portuguesa foi reorganizada. Passou a ser constituída por três regimentos de Infantaria, um batalhão-depósito e um regimento de Cavalaria. Cada batalhão dos regimentos foi composto por dois batalhões com seis companhias de fuzileiros. Cada companhia tinha 140 homens. O batalhão de depósito ficou com quatro companhias de fuzileiros. O regimento de cavalaria com quatro esquadrões a 176 homens. Os batalhões da meia-brigada constituíram o primeiro regimento com dois batalhões, um de granadeiros e outro de atiradores. Em Março de 1812, o marquês de Alorna foi nomeado general de divisão e encarregue de preparar a legião para a Campanha da Rússia. Dos 5.000 efectivos da Legião, restaram 750 no final da campanha. Por decreto de 25 de Novembro de 1813, a Legião foi dissolvida. Os que a compunham constituíram um batalhão de pioneiros, prestando serviço em Brouges. Depois da abdicação de Napoleão, este corpo de pioneiros foi dissolvido. Muitos regressaram a Portugal, onde foram considerados prisioneiros de guerra. Os que ficaram em França foram dispersos por diversos batalhões estrangeiros. Só depois de 1820 puderam regressar a Portugal definitivamente.

Âmbito e conteúdo

Documentação relativa à Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão. Existe também correspondência de oficiais para o Ministro da Guerra, D. Miguel Pereira Forjaz, além de correspondência de oficiais e praças da Legião regressados a Portugal.

Sistema de organização

A documentação que constitui esta secção foi reunida inicialmente sem preocupação de classificação orgânica ou de ordenação cronológica. Com a inventariação desta secção optou-se por manter a arrumação anterior, por forma a evitar alteração de cotas.

Condições de acesso

Os originais são "reservados", pelo que a consulta só é feita através de cópia digital.

Existência e localização de originais

Alguns documentos são cópias de originais da Biblioteca Nacional.

Existência e localização de cópias

Secção digitalizada.