Campanhas da Guerra Peninsular (1807 - 1814).
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/AHM/DIV/1/14
Título
Campanhas da Guerra Peninsular (1807 - 1814).
Título paralelo
104326
Datas descritivas
1778 - 1898
Dimensão e suporte
512 cx. com processos manuscritos.
História administrativa/biográfica/familiar
A Guerra Peninsular, decorreu na Peninsula Ibérica, entre 1807 e 1814 e envolveu Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França. Para cumprimento do tratado de Fontainbleau, entre Napoleão e a Espanha, Portugal foi invadido pelos franceses em 3 grandes invasões. A 1ª das quais, sob o comando de general Junot, iniciou-se em 1807, provocando a fuga de família real portuguesa para o Barsil. Em 1808, com o apoio das forças britânicas comandadas pelo general Wellesley, futuro duque de Wellington, travaram-se as batalhas da Roliça e do Vimeiro, vencidas pelos aliados Portugal e Reino Unido e que deu origem à convenção de Sintra. A 2ª invasão, sob comando do marechal Soult, invadiu o país pela fronteira do Minho e avançou sobre o Porto, culminando na batalha do Douro, que permitiu a reconquista da cidade do Porto pelos aliados sob comando de Wellesley. A 3ª invasão, em 1810, sob comando do marechal Massena, entrou em Portugal pelo Nordeste, conquistando a praça de Almeida e provocando a batalha do Buçaco. Em 1813, as forças aliadas de Portugal, Inglaterra e Espanha travaram a batalha de Vitória contra os franceses, seguida da batalha dos Pirinéus. A Guerra Peninsular terminou com a batalha de Toulouse em 1814.
Âmbito e conteúdo
Secção composta por correspondência da Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra e das Secretarias de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Marinha com diversos comandantes militares sobre instruções relativas às tropas francesas, nomeadamente, quanto aos aquartelamentos, abastecimentos, operações, inspecções, vencimentos, requerimentos, pessoal, disciplina, itinerários, defesa do território, transportes, aquisição de equipamento, recrutamento militar, preparação para a segunda invasão, administração dos hospitais militares, louvores, delitos, prisioneiros de guerra, munições, fortificações, feridos, mortos e desertores; do duque de Wellington sobre movimentos de tropas, defesa do território, retirada do Exército francês e do Exército anglo-luso para Sul, reestruturação do Exército Português, pessoal, correios e telégrafos, transportes, abastecimentos, administração e organização, listas de mortos, presos, feridos e ainda condecorações; do marechal Beresford sobre o estado do Exército e recrutamento de mão-de-obra para trabalhos de fortificação da linha de defesa de Lisboa, armamento, munições, vencimentos, abastecimentos, vestuário, aquartelamentos, fortificações, deserções, presos, feridos, transportes, solípedes, comunicações, obras , hospitais, operações militares, despesas, inquéritos, pessoal, milícias, recrutamento, prisioneiros de guerra, evacuação e hospitalização, informações militares, requerimentos, regulamentos, portarias, mapas da força, relações de pessoal e de pagamentos; para os governadores das armas e praças militares, com especial destaque para Nicolau Trant, governador das Armas do Porto, sobre finanças, instalações, obras, presídios, instrução, milícias, presos, mortos, deserções, vencimentos, nomeações, requerimentos, delitos, abastecimentos, saúde, prisioneiros de guerra, operações e avaliação dos prejuízos da guerra; para o Contador Central dos Hospitais Militares sobre, contabilidade, prisioneiros de guerra, pessoal, abastecimentos, administração dos hospitais, misericórdias, saúde, alimentação, relações de medicamentos, médicos e para o físico mor do Exército sobre inspecções e donativos aos hospitais, administração de edifícios hospitalares; para o Inspector Geral da Cavalaria (conde de Sampaio, barão de Carové) sobre mudança do Depósito Geral, falta de material, solípedes, forragens, abastecimento dos regimentos, itinerários, pagamentos, despesas e remonta; para autoridades judiciais (corregedores, desembargadores, provedores e juizes de fora) sobre administração, milícias, pessoal, desertores, presos, delitos, escoltas, queixas, correios e outros assuntos judiciais; processos do Arsenal das Obras Militares e do Arsenal Real do Exército com correspondência para o Intendente dos Arsenais Reais do Exército sobre aquartelamento das tropas francesas, obras, armamento, munições e explosivos, transportes, abastecimentos, uniformes, fortificações, despesas e vencimentos, incluindo processos de avaliação de prédios em Elvas; livros de registo e correspondência do Depósito Geral de Recrutas, em especial correspondência do comandante Ricardo Blunt, e processos do Depósito Geral de Mafra; relações de receitas e despesas dos donativos entrados nas Tesourarias Gerais das Tropas; mapas da força em bocas de fogo e tropa empregada em guarnecer as posições sobre Lisboa ocupadas por Lord Wellington; actas de vereação da Câmara Municipal de Faro sobre as invasões francesas no período decorrido de 1807 a 1810; e requerimentos de militares e seus familiares.
Sistema de organização
Esta colecção não se encontra organizada. Os documentos foram reunidos e colocados na secção por ordem sequencial de entrada no Arquivo Histórico Militar, segundo a organização do seu património documental em 1931.
Condições de acesso
Os documentos originais são "reservados" pelo que a consulta só é feita através de cópia digital.
Características físicas e requisitos técnicos
Alguns documentos encontram-se em mau estado de conservação.
Existência e localização de cópias
Secção digitalizada.
Unidades de descrição relacionadas
Ver os seguintes fundos e colecções: "Comando do Conde de Goltz (1801 - 1806)" (DIV/1/13), "legião Portuguesa oa Serviço de Napoleão (1808 - 1814)" (DIV/1/15) e "comando do Marechal Beresford (1814 - 1820) (DIV/1/16), "Defesa" (DIV/3/1), "Organização" (DIV73/2), "Listas de Oficiais (DIV/3/12); "Monumentos (DIV/3/14), "História Militar" (DIV/3/15), Arquivo Particular do Marquês de Sá da Bandeira (DIV/3/18) Iconografia (FE/10), Fototeca (FE/110), Livros de Registo Antigos (FG/5), "Pinto Lelo" (FP/15), "José César" (FP/25), "Cristóvão Aires" (FP/28), "Pinto da frança" (FP/52).